quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

MÁSCARA TÉRMICA THERMO MAXX

Olá Pessoal!!!

Sempre estou pesquisando e estudando para aprimorar meus conhecimentos e buscar o que tiver de mais novo na área a fim de que eu possa melhorar o atendimento realizado em meus pacientes.Bom,em umas dessas minhas pesquisas achei um blog comentando sobre a máscara térmica Thermo Maxx e eu logo cliquei para ir direto no site do produto para poder entender melhor como funcionava.Após ler tudo que tinha no site e ver vídeos,fiquei bem interessada,pois ela foi desenvolvida na Universidade de Brasília e a sua fundamentação fazia sentido,já que é uma máscara na qual existem bolsos internos e neles você encaixa bolsas de gel que possuem formatos anatômicos da musculatura do masseter e temporal ou um disco pequeno próprio para gerar analgesia localizada na ATM.
 
 

Bom,então para ver se essa teoria aplicava-se na prática realizei o pedido da máscara para testá-la, e há alguns dias ela chegou.Não posso ainda concluir a minha resenha sobre o produto pois ainda estou em fase de testes com ela,o que posso adiantar é que testei e achei a sensação bem agradável,porém,não estava com dores,então ainda não sei sobre sua eficácia analgésica e na redução de edemas.
 
Portanto,logo farei outro post contando sobre a minha conslusão dos beneficíos da máscara.

 
 
 
 

ENTENDA COMO O ESTRESSE DIÁRIO PODE CAUSAR DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

A Sociedade Brasileira de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial (SBDOF) lançou esses dias em seu canal do YouTube um vídeo,muito bom, de divulgação sobre a Disfunção Temporomandibular.Com produção impecável o vídeo mostra como os estresses diários podem acarretar em uma DTM e como isso pode prejudicar a vida das pessoas que sofrem com essas dores.Confiram!!!
 
 
 
E aí o que vocês acharam?? Viram alguma situação semelhante que também ocorre no seu dia-a-dia??

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A IMPORTÂNCIA DO "TIME" MULTIDISCIPLINAR CONTRA A CEFALÉIA

Olá queridos leitores!!!

Li essa semana um artigo muito bom publicado em 2011  no The Journal of Headache and Pain sobre a importância da equipe multidisciplinar no tratamento de cefaléias primárias e cefaléias devido à uso excessivo de medicação.
 
Na pesquisa os autores destacam que a prevalência de cefaléias na população aumenta cada vez mais, e isso consequentemente,acarreta à elevados custos para os sistemas públicos de saúde.Segundo eles,outro fato que piora essa situação é que muitas vezes essas pessoas acometidas com cefaléia passam a sofrerem no estágio crônico,sendo o tratamento ainda mais difícil e oneroso.O excesso de medicação com triptanos e analgésicos também seria outro fator que poderia complicar o tratamento das cefaléias.Com isso,eles levantam a questão da importãncia de um tratamento preventivo educacional e não farmacológico,previnindo a cronificação e o uso excessivo de medicação,e estabelecer um programa de tratamento com uma equipe multidisciplinar seria,portanto,um passo para otimizar os cuidados com esses pacientes.Isso vem ocorrendo em muito Centros de Cefaléia na Europa,porém,ainda há escassez de resultados publicados.
 
Dentre os componentes da equipe multidisciplinar,os pesquisadores destacam:neurologistas,psicológos,fisioterapeutas,educadores físicos,psquiatras,enfermeiros,dentre outros.
 
 
 
Gostei bastante e achei muito válida a parte do texto onde é abordado o papel do fisioterapeuta no "time" multidisciplinar,seguem abaixo alguns dos trechos:
 
O objetivo principal da fisioterapia é a prevenção de episódios de enxaqueca, ao invés de,apenas alívio dos sintomas após a crise já instalada.
 
Dor cervical é um dos sintomas mais comum em pacientes com cefaléia,e provavelmente este possui patofisiologia muito próxima de muitos tipos de cefaléia.Existem fortes evidências de que vários de relaxamentos podem ser efetivos para a prevenção da migrânea.
 
Os fisioterapeutas podem desempenhar papel importante no tratamento de pacientes com cefaléias do tipo tensional,cefaléias cervicogênicas,migrâneas e cefaléias decorrentes de disfunção temporomandibular.
 
A combinação de Terapia Manual e exercicíos físicos produzem melhorias na dor,,função,qualidade de vida e satisfação do paciente,tanto a curto como a longo prazo.
 
Os autores concluíram que existem evidências acumuladas que a Fisioterapia pode ser um elemento importante na equipe multidisciplinar especialmente em pacientes com cefaléia do tipo tensional,enxaquecas,cefaléias cervicogênicas e atribuídas à DTM.
 
Como já mencionei várias vezes aqui no Blog,fico muito feliz quando vejo a importância da Fisioterapia sendo citada em publicações científicas, pois isso gera um respaldo ainda maior para o nosso trabalho.
 
Se você quiser ler o artigo, o que eu aconselho,segue o link abaixo:
 
 
Até o próximo post!
 
 

domingo, 18 de novembro de 2012

RELATO SOBRE ZUMBIDO NO OUVIDO E DTM

Olá queridos leitores!!

O post de hoje é bem breve,apenas para indicar que vocês assistam um vídeo,no qual contém o relato da Rossanna Pereira Pinheiro sobre como o zumbido no ouvido decorrente de uma DTM afetou a sua vida.Achei muito importante,pois de acordo com o que ela mesmo diz no vídeo,muitas pessoas também podem estar passando por problema semelhante ao dela e não sabem solucioná-lo.Abaixo está o link para o vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=TADIbvwC4TI

Até o próximo post!!!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

INTERDISCIPLINARIDADE BENEFICIANDO PACIENTES COM DOR OROFACIAL

Olá queridos leitores!

Hoje fiquei muito feliz com a publicação que li no blog Por Dentro da Dor Orofacial, da cirurgiã-dentista especialista em Dor Orofacial e DTM Juliana Stuginski Barbosa.No post ela aborda  a interdisciplinaridade no tratamento de pacientes com Dor Orofacial,enfatizando a importâcia da inserção da Fisioterapia e da Fonoaudiologia na equipe interdisciplinar.
 
Para comentar o assunto ela convidou o Fisioterapeuta César Becalel Waisberg para escrever um breve comentário sobre a atuação da Fisioterapia.Um dos trechos mais relevantes que achei do texto foi quando autor diz o seguinte: "É uma pena que ainda existam profissionais por aí que acham que podem resolver tudo sozinhos. Mas com o tempo, pensando assim, vão perder espaço para aqueles que mantêm a mente aberta."

Iniciativas como essas são muito importantes para que a nossa profissão,principalmente nessa área,seja cada vez mais reconhecida como sempre venho batendo nessa tecla aqui no Blog.
 
À propósito descobri o Blog da Dra.Juliana há algumas semanas e tenho lido com muita frequência,pois as publicações são muito boas e extremamente relevantes e diversificadas,contendo comentários sobre artigos,dicas de sites,divulgação de cursos e  eventos na área de dor orofacial,dentre outros.
 
Segue abaixo o link da publicação:
 

 
 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A IMPORTÂNCIA DA TRANSMISSÃO CIENTÍFICA NO TRATAMENTO DA DOR OROFACIAL

Realizando minhas pesquisas na internet para fazer novos posts,encontrei uma postagem,no blog do cirurgião-dentista João Henrique Krahenbuhl Padula, extremamente interessante para se fazer uma reflexão acerca da questão levantada que era " Por que precisamos de transmissão científica em Dor Orofacial?".

Segue abaixo alguns trechos da publicação:

Algo muito comum em nosso atendimento são os pacientes questionarem o motivo da escolha por determinado tipo de tratamento. Enfatizo que, não apenas hoje, mas há algumas décadas, a “opinião pessoal do expert” diminuiu de importância diante da Odontologia Baseada em Evidências.

Não quero descartar a experiência clínica. Ela ainda é importante, mas deve estar ancorada na melhor evidência científica.
Na Dor Orofacial todos batem o seu martelo de tratamento, e, ” tudo o que está na frente do martelo é prego”
Não importa o diagnóstico !!, não importam todos os diferentes sub-tipos de DTM!! ( artralgias , inflamatórias , reumáticas, secundárias a neoplasias, dores miofasciais, com limitação , sem limitação, deslocamentos de disco, com redução, sem redução, limitações estruturais, !!), não importa se a cefaléia é primária ou secundária!!, não importa se a dor é aguda ou crônica!!, se existe ou não sensibilização central!!, se o quadro é de alodínia ou de hiperalgesia!!, não importa se a dor é neuropática!!, miofascial!! ou de outras origens………..

O x da questão:

A que tipo de avaliação o paciente foi submetido? Como a DTM e a DOR Orofacial foi classificada? Através de que tipo de abordagem ? Quais foram os métodos para o diagnóstico?

Infelizmente ainda encontramos formadores de opiniões que defendem o seu “achismo” ou acreditam no “mito” repetido tantas vezes na literatura e que, pela repetição, vira verdade. No caso específico da DTM temos vários exemplos de mitos:


1) Exame de imagem :
Se a Tomografia computadorizada mostrar o côndilo na posição posterior , vai comprimir a zona bilaminar e gerar dor.
2) Temos 5 má oclusões classificadas que” causam ” DTM:
Mordida aberta anterior, mordida cruzada unilateral, ausência de dentes posteriores, e por aí vai… etc (Avaliar com cautela a tão antiga e propagada Review McNamara Jr. 1995 )- Não estabelece relação para qual sub-tipo de DTM ! , e o própio autor não é conclusivo em seu achado.
3) Exame de imagem :
_ Voce tem sub-luxação do côndilo , na abertura máxima, ele ultrapassou o vértice da eminência e o seu queixo pode cair!
4) Se voce não tratar a sua má oclusão , ou não fizer a cirurgia ortognática que eu estou lhe propondo, na velhice, sofrerá fortes dores na cabeça!
5) Isso que você sente: labirintite, zumbidos, dor na coluna, dor na cabeça, dor nos braços são sintomas de quem tem ”ATM” ou tem ”má oclusão”.
Esses mitos mal esclarecidos se tornam um verdadeiro campo minado de iatrogenias e sobre-tratamentos para tratar uma doença ( neste caso DTM) caracterizada por remissão espontânea e regressão à média.

A partir destes conceitos , cada profissional, utilizando da sua especialidade , promove o seu tratamento. Alguns dizem: “A Ciência engessa a clínica”. Como podemos culpar o conhecimento científico de engessar a clínica? O que a Odontologia Baseada em Evidências faz é submeter a testes todos os tipos de teorias e técnicas , sem discriminação.
Só que o caminho inverso também deveria ser respeitado, ou seja , o profissional deveria estar atento à literatura validada. Deveria entender melhor de que maneira um paciente com queixa de Dor deveria ser avaliado, antes de implantar determinado tipo de tratamento.
Para respaldar o que está escrito acima, transcrevo texto de Charles S. Greene
Transferência Científica na Dor Orofacial
Dor Orofacial- Da Ciência Básica à Conduta Clínica
Pubilcação de Charles S. Greene do capítulo 28 , pag 232
Quadro 28-3

OBS: Clique na imagem para visualizá-la melhor.
Concordo plenamente com muito do que foi dito no texto acima,pois não podemos atender nossos pacientes,dar diagnósticos e traçar condutas terapêuticas se não tivermos um suporte científico dado através das evidências de pesquisas publicadas.
Um ponto muito importante,para nós fisioterapeutas,está contido no quadro acima onde fala que "os dentistas podem não uitlizar os tratamentos apropriados e ter um conhecimento limitado do valor da fisioterapia".Esse é um dos motivos pelo qual batalho para divulgação da importância e da eficácia da fisioterapia na área de buco-maxilo-facial,pois sei que o desconhecimento ainda é grande e ainda temos um caminho longo pela frente,apesar de já termos conseguido significativos avanços.
Segue abaixo o link do post na íntegra:

A POSSÍVEL RELAÇÃO ENTRE ALGUNS TIPOS DE CEFALÉIA E DTM

As disfunções temporomandibulares,as cefaléias e as dores faciais,são consideradas um sério problema contemporâneo,principalmente quando estão associadas.As cefaléias ,incluindo as enxaquecas,apresentam-se como queixa recorrente em pacientes com DTM,tendo um índice de prevalência 48 a 77%.

Porém,ainda há muita controvérsia e discussão acerca do real impacto dos diversos tipos de cefaléia em pacientes com DTM,havendo-se a necessidade de compreenssão da patofisiologia de cada problema.
 
As dores orofaciais englobam uma série de patologias que envolvem a cabeça e prescoço e incluem as disfunções tempomandibulares,cefaléias,neuralgias ,dores de origem dentárias e dores idiopáticas.Na sua forma crônica chegam a afetar 10% dos adultos e até 50% dos idosos.Nesse contexto a DTM é considerada um termo coletivo utilizado para designar um grupo de desordens músculoesqueléticas que acometem a articulação temporomandibular (ATM),os músculos da mastigação e cervicais,ou em sua forma mais comum,ambas as estruturas.

Dentre as principais desordens,destaca-se a dor miofascial,a qual trata-se de uma síndrome clínica dolorosa,de tecidos moles,com origem musculoesquelética.Cristérios específicos estão evoluindo,mas incluem a presença de um ponto gatilho ativo caraterizado pela sensibilidade dolorosa circunscrita em um nódulo que é parte de uma banda tensa palpável formada por fibras musculares,além do reconhecimento por parte do paciente,da sensação despertada pela pressão sobre o ponto sensível,como lhe sendo clinicamente familiar.

Conforme dito anteriormente,esta síndrome destaca-se devido à sua elevada prevalência,não apenas em indivíduos com dores ou com DTM,mas também na população geral e assintomática,pelo grau de severidade da dor gerada,e principalmente por sua fisiopatologia não ser completamente conhecida.

 
Segundo estudos realizados,apesar do percentual de pessoas que sofrem de cefaléia,entre os indivíduos sem DTM,ser de 15,2%,possivelmente a frequência e a severidade não são as mesmas.As cefaléias são significativamente mais prevalentes em indivíduos com DTM (cerca de 27,4%),sendo o sexo feminino mais suscetível quanto ao grau de prevalência e severidade da dor.Na população adulta em geral, a cefaléia associa-se a sintomas temporomandibulares,particularmente durante as crises de dor de cabeça.
Em pesquisa recente,verificou-se uma maior taxa de prevalência de DTM entre pacientes com cefaléia combinada,tal fato levanta a hipótese de que a presença de migrânea (enxaqueca) e CTT ( cefaléia do tipo tensional) seria um possível fator de risco para o desenvolvimento de DTM.Ademais,a prevalência de sinais e sintomas de DTM esteve positivamente correlacionada com o grau de severidade e frequência de crises de dor de cabeça.

 
Embora ainda não haja uma completa compreenssão a respeito do mecanismo desencadeador da enxaqueca,sabe-se que em sua patofisiologia não há a participação da musculatura mastigatória.Porém,ao considerar que tanto a ATM como músculos da mastigação possuem invervação sensorial trigeminal,sendo esta também responsável pela condução de impulsos nociceptivos oriundos dos vasos sanguíneos cranianos envolvidos na gênese da enxaqueca,torna-se clara a possibilidade de um estímulo nociceptivo sobrepor-se ao outro em casos de comorbidade.Diante disso, a presença de sintomas da DTM parece causar um impacto excitatório na enxaqueca e vice-versa,principalmente em pacientes com quadro dolorosos severos e frequentes,com maior suscetibiliade ao fenômeno de sensibilização central.
 
Fontes bibliográficas:
 
 
 
 
 

 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

ENTREVISTA SOBRE BRUXISMO

 
Esses dias vi no YouTube essa entrevista da Dra.Adriana Ortega,cirurgiã-dentista,e achei muito esclarecedora,pois ainda existem muitas dúvidas com relação ao Bruxismo e ao seu tratamento.Posteriormente,colocarei um post aqui no blog sobre o assunto.
 
  Vale a pena assistir!!
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A FISIOTERAPIA E A FONOAUDIOLOGIA NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIAS BUCO-MAXILO-FACIAIS

Recentemente, visitando cirurgiões buco-maxilo-faciais  para divulgação do consultório, percebi que ainda existem muitas dúvidas a respeito da diferença entre a intervenção da Fisioterapia e da Fonoaudiologia em pacientes submetidos à cirurgia buco-maxilo-facial, mais especificamente à cirurgia ortognática, pois muitos pensam que ambas realizam o mesmo trabalho.
Diante disso, resolvi fazer esse post para explanar um pouco acerca da abordagem fisioterapêutica e fonoaudiológica na fase de pós-operatório. Não obstante serem estritamente necessárias e complementares, apresentam distinções claras nos seus focos de atuação.
Iniciaremos abordando a atuação da fonoaudiologia. Esta, dentro da cirurgia ortognática, segundo SOUZA, CAMPIOTTO e FREITAS (1997), exerce um importante papel no diagnóstico e tratamento de distúrbios e alterações de postura de línguas e lábios, que são fatores constante nos pacientes portadores de deformidades dentofaciais.

O trabalho fonoaudiológico proporcionará adequação da musculatura perioral, postura global, propriocepção, sensibilidade, mastigação, deglutição, respiração e da articulação da fala. Em todos os pacientes submetidos à cirurgia na região maxilomandibular ocorre uma mudança em graus variados na posição dos tecidos moles. Em muitos casos, após a correção cirúrgica e o correto posicionamento dentário, os tecidos moles se reestruturam de forma adequada com boa resposta funcional. Entretanto, observa-se que alguns padrões adaptativos utilizados anteriormente podem permanecer forçando as estruturas operadas e prejudicando os tratamentos cirúrgicos ortodônticos, salienta BIANCHINI (1995).


A sua atuação se dá basicamente no desenvolvimento do equilíbrio muscular, aprendizado e uso dessas funções adequadas à nova forma existente.


A avaliação fonoaudiológica, como primeiro passo, traz a possibilidade de detectar alterações miofuncionais orais que possam comprometer o resultado obtido pela Ortodontia e Cirurgia Ortognática.

No pós-operatório o trabalho será realizado em dois momento: no primeiro, durante o bloqueio intermaxilar (de modo mais limitado), sendo a propiocepção realizada através da exploração da língua na cavidade oral; e no segundo, na fase da higiene oral. Podem também ser realizados os trabalhos de mobilidade de lábios, língua e bochechas. Altmann (1987) e Altmann e col. (1987).

Após a retirada do bloqueio intermaxilar, o tratamento fonoaudiológico, tem como objetivos: reintroduzir gradativamente a alimentação sólida, adequar as funções estomatognáticas, adequar o tônus muscular e mobilidade, automatizar posturas de lábios e língua, bem como trabalhar as seqüelas sensitivas.


Já quanto ao tratamento fisioterápico, segundo ROCABADO (1989) descreve em seu livro, a Fisioterapia deve ser realizada em diferentes tipos de intervenções cirúrgicas, tais como: artroplastia, discectomia, artroscopia e na própria cirurgia ortognática, a fim de diminuir o tempo de restabelecimento do paciente no pós-operatório.

A conduta fisioterapêutica, na fase de pós-operatório, iniciará sua abordagem nas condições clínicas de dor, edema, bloqueio maxilomandibular, parestesia temporária ou permanente, espamos musculares, aderências miofasciais, mialgias e encurtamentos da musculatura crânio-cérvico-facial.

Portanto, o trabalho da Fisioterapia terá como objetivos, dependendo do caso de cada paciente, a redução do edema facial; resolução parcial ou completa da parestesia, o ganho de amplitude de movimento para a abertura bucal, lateralizações e protusão da mandíbula; melhoria das retrações e algias musculares.

Para controle e redução do edema utiliza-se a técnica de drenagem linfática manual (DLM), visando aumentar a capacidade de condução da linfa pelos vasos linfáticos, favorecendo a distribuição de líquidos intracelulares e proporcionando a regeneração e a defesa dos tecidos, aumentando ainda,  a diurese e a eliminação de toxinas. Com isso, há um aumento do fluxo sanguíneo o qual ocasiona a vascularização e oxigenização da área tratada, desobstruindo-se os linfonodos, trazendo aos pacientes um alívio imediato da dor e proporcionando uma rápida recuperação.

Outra técnica utilizada pela fisioterapia para prevenção e/ou resolução de aderências da fáscia e possíveis fibroses, assim como, melhoria nas possíveis mialgias, é a liberação miofascial, a qual promove tanto o alongamento; como a mobilização dos tecidos moles, ambas, por um período mais prolongado.

No pós-operatório imediato, a Fisioterapia utilizará, além das duas técnicas acima descritas, a Terapia Manual, a liberação do osso hióide, o trabalho respiratório e a Laserterapia.

As técnicas de Terapia Manual utilizadas para inibição de pontos dolorosos e alongamento da musculatura orofacial, cervical e da cintura escapular, podem exercer papel muito importante no tratamento desses pacientes, desde o P.O imediato até uma fase mais tardia. Isto porque, devido à imobilidade, à nova posição do complexo maxilo-mandibular e, muitas vezes, à tensões provocadas pelas expectativas geradas pela cirurgia, o paciente pode apresentar mialgias (dores musculares) e encurtamentos dessas musculatura, tais como: no trapézio fibras superiores, esternocleidomastóideo, subocciptais, masseteres, elevador da escápula, dentre outros. Diante disso, o prologamento desse quadro álgico poderá vir a comprometer a recuperação do paciente.

Na fase subaguda, após a liberação do bloqueio, poderão ser inseridos, no protocolo de tratamento, exercícios isométricos, exercícios ativo-livres, treinos funcionais com Hiperbolóides e mobilizações da ATM.

Em uma fase mais tardia do tratamento poderá ser indicada a Reeducação Postural, caso o fisioterapeuta perceba em sua avaliação que houve alteração da postura do paciente, ou se esta já se apresentava alterada antes da cirurgia, posto que, devido ao novo posicionamento maxilo-mandibular, podem surgir desequilíbrios posturais da mandíbula em relação ao restante do sistema esquelético.

Portanto, essas alterações da postura podem aparecer como fatores contribuintes para o surgimento e perpetuação de problemas no quadrante superior do corpo. Além do que, o comprimento de repouso de vários músculos que se inserem na mandíbula podem ser dramaticamente afetados pela posição desta e da cabeça.

Diante dessa breve explanação, pode-se perceber que os focos e objetivos do tratamento fisioterápico e fonoaudilógico são diferentes, podendo em alguns momentos acontecerem interposições. Com isso, se realizados de forma conjunta, o paciente estará sendo bem assistido em todas as suas necessidades, tendo uma recuperação mais rápida, completa e tranquila.
Abaixo segue uma tabela com os principais pontos a serem analisados, nas avaliações realizadas pela Fisioterapia e Fonoaudiologia.
FISIOTERAPIA FONOAUDIOLOGIA
 - Amplitude de movimento da ATM e coluna cervical - Alterações miofuncionais orais
- Encurtamentos da musculatura cervical - Alimentação e modo de mastigação
- Sensibilidade à palpação da musculatura orofacial,cervical e ATM - Análise da musculatura orofacial
- Presença de ruídos articulares e/ou desvios mandibulares - Avaliação de estruturas moles (lábios,língua,freios labiais e lingual,palato mole,etc)
- Presença de hipoestesia ou parestesia - Presença de hipoestesia ou parestesia
- Avaliação postural         -------------------------------------------


Fontes:
 
A Fonoaudiologia e a Cirurgia Ortognática
Autores:
Irene Queiroz Marchesan
Esther Mandelbaum Bianchinni
 

Cirurgia Ortognática: Uma abordagem Fonoaudiológica
Autor(a):
Viviane Simões Pacheco

A Fisioterapia e a Cirurgia Buco Maxilo Facial
Autor:
Clóvis Marzola

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

IV CONGRESSO INTERNACIONAL DE ODONTOLOGIA



   Esta semana,do dia 12 à 15 de setembro,está acontecendo no Centro de Eventos do Ceará  o IV Congresso Intercional de Odontologia.Evento muito importante,de grande porte,e que contará com a presença de grandes profissionais de diversas áreas da Odontologia como implantodontia,ortodontia,cirurgia BMF,odontopediatria,dentre outras.
  
   Além disso,estão havendo encontros paralelos dentro do congresso,um deles é o Encontro de Fisioterapia que ocorreu ontem e teve como temática principal assuntos como: a vivência interdisciplinar da fisioterapia e odontologia na cliníca de dor orofacial, a fisioterapia no pós-operatório de cirurgias buco-maxilo-faciais,avanços fisioterapêuticos em DTM,dentre outros. Tal acontecimento foi de extrema relevância para nós fisioterapeutas,pois a Fisioterapia ter abertura em um evento como esse demonstra que nosso trabalho na área de buco-maxilo-facial vem sendo cada vez mais considerado.
 
   Para quem tiver interesse,a lgumas palestras estão sendo transmitidas ao vivo pelo seguinte link:
 
 
 
 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

TERMO DO I CONSENSO EM DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR E DOR OROFACIAL

   Achei muito interessante um artigo que li sobre o Termo do I Consenso em Disfunção Temporomandibular e  Dor Orofacial,pois nele são abordados diversos pontos de extrema relevância,como a importância da equipe interdisciplinar no tratamento do paciente e a necessidade de se dedicar mais atenção para DTM,assim como,a avaliação inicial do paciente que deve ser realizada de forma minuciosa.
   Outra questão muito importante abordada no artigo é o fato da especialidade DTM e Dor Orofacial ainda ser desconhecida,por incrível que pareça,por muitos profissionais da área de saúde.Segundo os autores essa especialidade deveria ser incluída como disciplina obrigatória na grade curricular dos cursos de Odontologia,pois de acordo com eles a semiologia incompleta subtrai do paciente a oportunidade de ter um tratamento adequado com melhora de sua qualidade de vida,assim como,é ressaltado que essa especialidade deveria ter maior atenção nas políticas de saúde pública a fim de que o atendimento primário do paciente com dor orofacial seja realizado de forma eficaz,reduzindo o sofrimento e a sobrecarga financeira sobre eles.
   Os autores também levantam um fato de suma importância que é a prática da Odontologia Baseada em Evidência (OBE) não amparar a prescrição de técnicas que promovem mudanças oclusais complexas e irreversíveis, como o ajuste oclusal por desgaste seletivo, terapia ortodôntica, ortopedia funcional, cirurgia ortognática ou técnicas de reabilitação oral protética no tratamento da disfunção temporomandibular.Portanto,isso vem a complementar o que muito já foi discutido sobre a importância da atuação de outras áreas da saúde como a fisioterapia,a fonoaudiologia e a psicologia no tratamento de pacientes com DTM e Dor Orofacial,pois muitas vezes a etiologia vai muito além de exclusivamente distúrbios oclusais.
    Segue abaixo o link para visualizar o artigo completo,vale a pena dar uma lida é realmente muito interessante:

   


BOAS NOVAS!!

Olá queridos seguidores!!

O Blog estava desativado,pois minha carreira profissional havia tomado outros rumos e não estava mais atuando na área de fisioterapia buco-maxilo-facial,que à propósito é a minha paixão,e sim com pilates.Porém,mesmo não atuando continuei sempre estudando sobre o assunto,pois cada vez me interesso mais em ter conhecimentos acerca dos dirtúrbios cranio-cérvico-facias e tudo o que os envolve.
Bom,a novidade desse post é que retomei meu trabalho com buco-maxilo-facial aqui em Recife,cidade onde moro atualmente,e estou atendendo em um consultório totalmente especializado em distúrbio orofacias e pós-operatório de cirurgia buco-maxilo-facial e implantodontia.Portanto,o Blog está reativado e com postangens bem interessantes sobre o assunto.Espero que possamos continuar trocando idéias,dicas e informações.

Ely Cristina Carvalho

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Olá queridos seguidores!

O blog está sendo reativado e em breve teremos novas postagens muito interessantes.

AGUARDEM!!!